Saques com cartões de lojas são empréstimos e geram juros altíssimos
Este tipo de transação pode colocar a saúde financeira do consumidor em risco, diz especialista
- Autor: Redação
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Além de descontos e vantagens, os cartões de marcas próprias, como de postos de combustíveis, supermercados e lojas de departamentos, permitem que os clientes façam saques em território nacional ou internacional. Porém, especialistas alertam que esse tipo de transação pode colocar a saúde financeira do consumidor em risco.
Apesar deste tipo de saque ser cobrado em uma fatura, como uma compra feita no cartão, a transação é semelhante a de um empréstimo feito no banco, mas com juros mais elevados e taxa de serviço.
Um levantamento feito pela Folha de São Paulo mostra que, enquanto as taxas de juros dos cartões de lojas são de até 765,23% ao ano, o empréstimo pessoal feito por bancos costuma ter taxa média de 107,69% ao ano.
O educador financeiro, Reinaldo Domingos, explica que se, por algum motivo, o consumidor fizer este tipo de saque, “ele precisa ter a convicção de que precisa honrá-la dentro do vencimento para não colocar sua saúde financeira em risco”.
Reinaldo ainda ressalta que “esse tipo de operação é quase suicida se a pessoa não tem domínio de quanto ela ganha e de quanto gasta”.
Dicas
Caso o consumidor já tenha feito a operação e esteja com dificuldade para pagar a conta, precisa, além de cortar gastos, não fazer outras compras para que essa dívida, que possui juros altíssimos, seja paga o mais rápido possível.
O consumidor também deve ficar atento aos serviços que as lojas oferecem com estes cartões, como títulos de capitalização, seguro-desemprego e seguro de vida. Todos eles são pagos, e se o cliente não tiver interesse e não achar necessário, pode optar por não os contratar.
Caso a loja insista ou diga que o cartão só será oferecido com estes serviços, o consumidor pode abrir uma reclamação no site do Reclame AQUI para denunciar a prática, mas se nada for resolvido, o cliente também pode ir à Justiça, uma vez que a venda casada é ilegal.
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Fonte: Folha de São Paulo