Diante de crimes relacionados ao PIX, Banco Central anuncia novas regras de uso

Popularidade da transação por ser fácil, rápida e sem custo atrai novos golpes e crimes como sequestro-relâmpago. Saiba como se proteger!

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Com as facilidades no uso de PIX, surge também o sequestro-relâmpago com extorsão. Mas em vez de levar a vítima a um caixa eletrônico para fazer um saque, o criminoso exige uma transferência pelo PIX.

A abordagem se dá da forma mais corriqueira: quando as vítimas estão, por exemplo, na rua com o celular na mão ou aguardando o transporte por aplicativo, distraídas mexendo no aparelho, entrando ou saindo de casa ou de seus veículos. Além disso, claro, aumentam golpes via links maliciosos em redes sociais, como WhatsApp, e páginas fake onde os criminosos atuam solicitando pagamentos digitais.

Recentemente, a Rádio CBN tratou do assunto e noticiou um aumento de 40% nos casos de sequestro só no estado de São Paulo nos primeiros sete meses do ano, em relação ao mesmo período de 2020. E esse crescimento estaria relacionado diretamente à facilidade de transferência. Atualmente, o prazo para mudança de limite no PIX é de até 1h, tempo do qual os sequestradores se valem até conseguirem fazer novas transferências, ficando, assim, menos tempo com as vítimas.

Banco Central anuncia novas regras de segurança para PIX

Diante desse quadro, para aumentar a segurança nessas transações, o Banco Central anunciou novas regras a serem implementadas para o PIX. Conforme a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), as regras são também aplicáveis a outros meios de pagamento. Até a publicação deste material, o Banco Central não divulgou quando as mudanças passarão a valer.

As instituições financeiras também terão exigências do Banco Central a cumprir para aumentar a consulta e o acesso a esses dados para coibir crimes. E a Febraban, em seu site, reforça que as instituições financeiras irão se preparar tecnicamente nos próximos dias para a implementação das novas medidas.

Novas regras de uso do PIX

  • Fixação de limite de R$ 1 mil para operações entre pessoas físicas no período das 20h às 6h
  • Prazo mínimo de 24 horas e máximo de 48 horas para bancos efetivarem pedido de aumento dos limites de transação
  • Possibilidade de limites diferentes no PIX para o dia e para a noite
  • Será possível cadastrar contas habilitadas a receber transferências acima dos limites mais baixos estabelecidos para todas as demais transações
  • Transferências só permitidas 24h após o cadastro da chave do PIX de outra pessoa
  • Usuários do PIX poderão reter uma transação por 30 minutos de dia ou 1 hora à noite para análise de risco

PIX terá mais 2 funcionalidades liberadas

No dia 02/09, o Banco Central anunciou mais duas novas modalidades para o uso do PIX: o PIX Saque e PIX Troco; ambas começam a funcionar em 29 de novembro.

PIX Saque: o consumidor vai até um estabelecimento comercial, faz um PIX, e a loja devolve o valor da transferência em notas. Para o consumidor, a transação de saque é gratuita e a loja paga uma tarifa pelo serviço.

PIX Troco: o cliente compra um produto, faz um PIX com um valor acima do produto e recebe troco pela compra.

Nas duas novas funções o limite de transação é de R$ 500 durante o dia e de R$ 100 entre 20h e 6h.

Pesquisa mostra brasileiros ainda desconfiados com o PIX

Apesar de todo o volume de uso de PIX, uma pesquisa aplicada pelo Instituto Reclame AQUI também mostra que há ainda receios sobre seu uso. Entre os respondentes da pesquisa, 35,3% declararam não utilizar o serviço.

Quando questionados sobre os motivos, 23,8% afirmaram que é porque não se sentem seguros. Isso mostra como ainda há desconfiança entre os brasileiros sobre utilizar soluções de internet banking e fazer transações virtuais.

Fonte: Época Negócios / Rádio CBN / Febraban / UOL

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