Cobrança pela distribuição de sacolinhas de mercado: Você é a favor ou contra?

Depois de idas e vindas, a decisão ficou a favor da natureza.

O retorno da cobrança pelas sacolas de supermercados traz mais uma vez consigo um burburinho ao redor da arrecadação. Há quem se apegue na questão ecológica, mas também tem o time daqueles que contrários à cobrança. E você, já tem uma opinião formada sobre o assunto? Quer conteúdo para isso? Vem com a gente:

As novas sacolinhas recicláveis substituíram as antigas nos supermercados e lojas em abril de 2015, noticiamos aqui, porém, o desacordo entre população e órgãos governamentais vem se prolongando e as decisões vão e voltam

Causa ambiental

Para o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Paulo Pompilio, a cobrança das sacolas é uma forma de chamar a atenção para a causa ambiental. "Temos trabalhado muito para diminuir o impacto das nossas atividades no meio ambiente. A redução do uso das sacolas plásticas é um dos desafios do setor", disse.

Pompilio relatou ter notado a diminuição do uso das sacolas plásticas desde abril, quando foi proibida a distribuição das antigas sacolas brancas. "Quando vamos na loja, já vemos muito mais gente levando suas próprias sacolas. É um engajamento para diminuir esse impacto no meio ambiente", acrescentou. As informações são do site Exame.

Veja também: Sabia que você pode trocar material reciclável por desconto na conta de luz?

Além disso, para a Prefeitura de São Paulo, é dever dos supermercados contribuir com a Política Nacional do Meio Ambiente, conforme a Lei 6.938/81, e fornecer alternativas e estimular o uso das sacolas reutilizáveis.

A proibição das sacolinhas plásticas comuns foi sancionada em maio de 2011,mas foi regulamentada somente em 7 de janeiro de 2015 e passou a valer no começo de abril. Para a Prefeitura de São Paulo ”os estabelecimentos comerciais devem estimular o uso de sacolas reutilizáveis, assim consideradas aquelas que sejam confeccionadas com material resistente e que suportem o acondicionamento e transporte de produtos e mercadorias em geral”.

Modelos de sacolas

Os novos modelos devem ser utilizados na destinação de lixo reciclável e orgânico. Com a regra, os supermercados só podem oferecer as sacolinhas em modelos padronizados: nas cores verde e cinza, mais resistentes e com parte feita de material renovável.

Verde: sacolinhas para descarte de lixos recicláveis; Cinza: sacolinhas para descarte de lixos orgânicos e outros dejetos rejeitados.

O estabelecimento que descumprir a lei oferecendo as sacolas brancas comuns poderá receber multa de R$ 500 a R$ 2 milhões. Já o consumidor que não seguir as determinações, como descartar restos de comida na sacola verde, será advertido na primeira ocorrência. Se fizer de novo, pode pagar multa de R$ 50 a R$ 500, as informações são do site Estado de Minas.

Para onde vai meu lixo?

Este trabalho é cargo da coleta seletiva, que, segundo o site da Prefeitura, foi ampliado para atender a demanda maior. De acordo com o Secretário de Serviços Simão Pedro, “antes, somente 36% das residências eram atendidas. Só com as duas centrais mecanizadas novas que nós implantamos no segundo semestre de 2014, nós ampliamos em 10 distritos novos a coleta seletiva e universalizamos em 40 distritos, chegando a 68% das residências com o serviço”, afirmou o secretário. A meta da Prefeitura é universalizar a coleta seletiva na cidade e atingir a reciclagem de 10% dos resíduos domiciliares em 2016. Atualmente, o serviço atende 86 dos 96 distritos de São Paulo.

Nos locais em que ainda não há coleta seletiva, uma alternativa é o descarte dos recicláveis de um dos 80 ecopontos da Prefeitura ou em cooperativas de catadores. Quem quiser saber se o caminhão de coleta de lixo passa na sua rua pode descobrir clicando aqui

Simões assegurou o encaminhamento correto, ecológico e social por traz do tema: “Ao colocar os recicláveis para a coleta seletiva, ou ao levar estes resíduos para o ecoponto, o cidadão pode confiar que o lixo vai ter um destino ecologicamente e socialmente adequado, evitando danos ao meio ambiente e ajudando as cooperativas a realizar o seu trabalho”, disse Simão Pedro. “Estamos fazendo um esforço para mudar o paradigma da coleta e as sacolas são um poderoso instrumento de comunicação”, explicou

Notas dos supermercados

Em nota, as redes Pão de Açúcar e Extra afirmam que cobram o preço de custo por unidade, incentivam o uso consciente e oferecem pontuação extra nos seus programas de fidelidade para quem usar sacolas reutilizáveis.

O Carrefour diz que segue recomendações feitas pela Apas e que reduziu em 50% o valor das ecobags, as sacolas retornáveis, que passaram a ser vendidas por R$ 1,99. As lojas também afirmam que vão manter desconto para clientes que utilizam embalagens próprias.

Segundo a Exame, algumas redes de hipermercados optaram por absorver os custos de produção das novas sacolas para “preservar o relacionamento com seus consumidores”.

Acredita que a lei veio para amparar a causa ecológica? Ou acha que é só mais um meio de ter dinheiro do consumidor arrecadado? Deixe sua opinião para a gente nos comentários!

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