Black Friday 2021: consumidores mostram baixa confiança na promoção

Instituto Reclame AQUI consultou consumidores em pesquisa no site do Reclame AQUI de 12 a 16 de agosto

Reclame AQUI

Em 2020, a Black Friday não foi a esperada pelo consumidor, a de grandes descontos, mas sim a do atendimento, experiência do cliente e logística. E para esta de 2021, o que vamos ter? Em uma pesquisa aplicada pelo Instituto Reclame AQUI com mais de 23,5 mil consumidores, o que se vê a 3 meses do evento é a baixa confiança do público nas promoções de Black Friday. 

Para se ter uma ideia, 48,8% dos respondentes definem a data como “Black Fraude”, sendo que outros 27,1% sequer consideram que o período de promoções de fato existe no país. Isso é salientado pelo dado que mostra que 79,5% dos consumidores dizem - pelo menos por enquanto - não pretender comprar na Black Friday de 2021. 

Consumidores sem perspectiva de bons descontos

De acordo com Edu Neves, CEO do Reclame AQUI, “num mundo de pandemia, a Black Friday ganha contornos cada vez mais peculiares porque a gente está vivendo especialmente no Brasil uma trajetória de inflação em alta, dos preços aumentando. E isso é percebido pelo consumidor, o que adiciona já a tradicional desconfiança de não encontrar grandes descontos na Black Friday e essa percepção de que os preços só vão aumentar e que vai ser muito difícil ter grandes promoções. Isso é uma inteligência coletiva que o consumidor já começa a demonstrar”.

A percepção de fraude é reafirmada na pergunta seguinte, pois, entre os que não vão fazer compras, 64,4% afirmam que não existem promoções de verdade na Black Friday. O impacto da pandemia também continua pesando nas decisões de compra, já que 15,4% acham que vai estar tudo muito caro. Há que se ressaltar que em 2020, no balanço feito pelo Reclame AQUI ao final do monitoramento da Black Friday, 27% das reclamações foram sobre propaganda enganosa.


Monitoramento de preços para fazer a compra certeira e inteligente

Entre os poucos dispostos a fazer compras na maior promoção do varejo brasileiro em novembro, 72% dizem que o preço vai ser decisivo na hora de decidir levar um produto. E o e-commerce continua sendo o canal preferencial para o público, com 65,3% afirmando que vão comprar em lojas online. 

“Uma outra questão bem importante é que o consumidor já está monitorando os preços. Ele tem lá as necessidades dele, provavelmente vai fazer compras, vai segurar essas compras até o final do ano, vai embolar as compras de Natal com a Black Friday mais uma vez, vai fazer isso tudo junto. Então o importante, para os lojistas ficarem atentos é que eles tragam descontos reais possíveis e que não sacrifiquem os níveis de serviços, ou seja, que se “meu desconto possível é de 15%, então é 15%; se for 20%, então que seja de 20%” porque se o consumidor perceber que ele tem um desconto real ali na ponta e ele já se preparou pra comprar ele vai converter a compra. Mas ele vai estar muito observante das reputações no Reclame AQUI, da qualidade dos serviços que aquelas empresas estarão oferecendo”, alerta Neves.

Esses consumidores que pretendem aproveitar a BF são mais cautelosos e costumam se preparar mais: 66,1% deles já estão monitorando preços, sendo que 38,1% estão fazendo isso há 6 meses ou mais. Por fim, a Black Friday se mostra mais uma vez como uma época que o consumidor busca mais eletrônicos (10,5%) e smartphones (8%). 


Golpistas devem aparecer com força na edição deste ano

Como todos os anos o Reclame AQUI reforça, o cuidado com os golpes devem aparecer com força. Neves analisa que o ano atípico e com crise pode ser combustível para descontos “bons demais pra ser verdade”.

“Provavelmente este ano vai de novo ressurgir a figura dos golpistas, porque em anos em que os descontos estão muito mais difíceis, dos lojistas mais cautelosos e realistas, surgem os golpistas principalmente usando redes sociais para oferecer descontos muito acima do que a maioria dos comerciantes estão conseguindo fazer. Vamos aguardar as próximas edições da pesquisa e ver como vai evoluir a desconfiança que o consumidor tem. Acredito que seja uma soma de uma experiência de nunca ter observado descontos realmente agressivos, mais um ano de crise com pressão sobre preços”.

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