Black Friday 2021: 72,6% dos consumidores monitoram preços há pelo menos 6 meses

Pesquisa do Instituto Reclame AQUI realizada de 8 a 11 de novembro mostra que consumidores ainda estão divididos se irão ou não aproveitar a promoção

Reclame AQUI

No próximo dia 26/11 acontece a Black Friday 2021, mas os consumidores ainda estão meio divididos no quesito intenção de compra: 47% afirmam que irão comprar na Black Friday. Este é um dos resultados da pesquisa que o Instituto Reclame AQUI aplicou no site do Reclame AQUI de 8 a 11 de novembro com mais de 31,3 mil consumidores.

Ao contrário do que apontavam as 3 pesquisas anteriores que o Reclame AQUI fez, esta última mostra consumidores mais inclinados a comprar. Daqueles que responderam que não participarão da promoção na próxima semana, 43,9% mostram falta de confiança na Black Friday por considerarem os preços maquiados e a promoção uma “Black Fraude”. E outros 33,9% alegam questões financeiras como orçamento apertado, endividamento e afirmar que tudo ficou muito caro por conta da pandemia.

Quanto mais perto da data, mais o mercado se aquece 

Para o CMO do Reclame AQUI, Felipe Paniago, um dos motivadores para os consumidores em querer comprar pode ser o aquecimento que as lojas começaram a fazer, e isso é um movimento natural.

“Entretanto, algo nos chamou a atenção este ano: a falta de confiança na Black Friday por considerar os preços maquiados e a promoção uma “Black Fraude”, isso é mais de 43%. Para as empresas, isso é um aspecto bastante ruim, apesar de, ao nosso ver, as empresas terem melhorado no que oferecem ao consumidor na promoção, o consumidor ainda não viu descontos que os empolgue a investir de fato na Black Friday. Isso mostra a necessidade de mudança de comportamento, principalmente, pela situação econômica que o país atravessa. A julgar pela Black Friday de 2020, que foi a “Black Friday do atendimento”, já que descontos não vieram, este ano o consumidor tem uma expectativa maior em relação a preço”, analisa Paniago.

Dos consumidores que vão gastar nesta Black Friday, 72,6% afirmam que monitoram preços há pelo menos 6 meses. O que para Paniago, é importante demais. Ele alerta para que o consumidor abra bem os olhos este ano. 

Por conta da inflação alta, os produtos importados ou que usam a matéria-prima importada estão cada vez mais caros. “É importante ele saber identificar bem o que é uma maquiagem de preço mesmo e o que é de alto valor por reflexo da inflação. O recado que fica para as empresas é que o consumidor está de olho, ele não é bobo. Sabe o valor do seu dinheiro; e se não valer a pena, ele não vai comprar. As empresas evoluíram muito em Black Friday desde a primeira edição, mas quem mais evoluiu foi o consumidor”, resume.

Mais uma vez, e-commerces têm a preferência do consumidor

A pesquisa do Instituto Reclame AQUI mostra também uma tendência que cresceu muito com a pandemia, a de compras online: 26,8% dos consumidores vão comprar pelo aplicativo das lojas enquanto 41% preferem comprar online, direto no site das marcas (e-commerce).

De todo modo, o Reclame AQUI faz um alerta, já que 51% dos consumidores disseram que comprarão em novas lojas, o que não é recomendado. O período é um campo fértil para a aplicação de golpes por lojistas desconhecidos que querem ganhar o consumidor com “ofertas imperdíveis” e preços abaixo do mercado. A recomendação é: desconfie do barato demais e pesquise essa loja, sua reputação, canais de comunicação e opiniões de quem já se relacionou com a empresa.

Muitos se preparam para comprar quinta-feira, já “na largada” da Black Friday

Se você está se preparando para comprar na Black Friday este ano, saiba que a concorrência pelos produtos e melhores preços vai ser forte já na quinta-feira a partir das 18h. Este é o horário que 42,3% dos consumidores disseram que pretendem fazer suas compras. 

No quesito gastos: 47% dos consumidores pretendem gastar entre R$ 1 mil e acima de R$3 mil. E quando o assunto é produtos, ao contrário de 2020, em ano de pandemia, quando itens de escritório e decoração para a casa dispararam em preferência, este ano volta a preferência pela linha branca de eletrodomésticos, eletrônicos e roupas e calçados, itens que estão entre os mais desejados.

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