Black Friday 2018 fecha com 5,6 mil reclamações no Reclame AQUI

Para diretor do site, evento no Brasil se adapta às dificuldades das empresas e às necessidades dos consumidores

Reclame Aqui

A Black Friday no Brasil ganhou uma nova característica, diferente da realidade norte-americana com consumidores que se estapeiam por uma TV a 80% de desconto nas lojas físicas. “No Brasil, as grandes marcas não conseguem oferecer as ofertas, e os consumidores já entenderam que vão comprar com 20% ou 30% de desconto no máximo. Além disso, não dá para ter Black Friday só em um dia por aqui, mas sim praticamente todo o mês”, explicou Felipe Paniago, diretor de operações do Reclame AQUI que completou. “Isso não é ruim, pelo contrário. O consumidor brasileiro deu um jeito de a Black Friday dar certo”.

O monitoramento Reclame AQUI da Black Friday 2018 encerrou com 5.607 reclamações, que foram colhidas desde às 11h da última quarta-feira, dia 21, até as 23h59 desta sexta, dia oficial da Black Friday. O grande volume de reclamações veio acompanhado com o aumento de acessos histórico do site Reclame AQUI. Isto é, o consumidor veio preparado mais uma vez para pesquisar antes de comprar. “O brasileiro já entendeu a dinâmica da Black Friday depois de algumas edições decepcionantes. Quem quer comprar, pesquisa mais, arrisca menos e consegue aproveitar as ofertas”, analisou o diretor de operações do Reclame AQUI, Felipe Paniago. 

E para acompanhar este consumidor mais exigente, as empresas têm antecipado suas ofertas para conseguir atender o cliente que começou cedo a pesquisar. Enquete Reclame AQUI realizada uma semana antes da Black Friday com 7,9 mil usuários do site descobriu que 69,7% dos consumidores já haviam percebido que as empresas anteciparam suas promoções e, mais que isso, quase 30% já pretendiam comprar antes mesmo da data oficial da Black Friday.

“Logo no começo da Black Friday no Brasil, o consumidor deu o tom ao mercado do que não aceitaria como problema na hora da compra, como fila na loja virtual, valor do produto que aumentava no carrinho de compras ou mesmo problemas na finalização da compra.”, lembrou Paniago.

Os problemas de infraestrutura tecnológica foram superados, mas os grandes descontos esperados numa Black  Friday e cumprimento com prazos ainda deixam a desejar. “Nos últimos anos, o perfil de reclamação mudou. Agora, ao invés de problemas técnicos, o consumidor reclama de propaganda enganosa e maquiagem de preço”.

Maquiagem de preço marca presença

Durante todo o monitoramento do Reclame AQUI no evento, propaganda enganosa e maquiagem de preço permaneceram na liderança dos principais motivos de queixas (14,2%), assim como os últimos anos. Na sequência do pódio, neste fechamento final, ficaram empatadas divergência de valores e problemas na finalização da compra, com 7,6%.

Em seguida, atraso na entrega aparece com 3,9% das queixas. Isto porque, com a antecipação de ofertas oferecidas pelas marcas, o brasileiro começou a fazer as compras de Black Friday já no início de novembro. A última colocação ficou com estorno do valor pago (3%).

Eletrônicos e viagens na mira do consumidor

Os produtos mais reclamados no evento de mega ofertas deste ano permaneceram os mesmos dos dois dias de pré-Black Friday. Smartphones e celulares fecharam o evento com 11,6%. A seguir, ficaram TV (5,3%), passagem aérea (4,7%), tênis (3,6%) e cartão de crédito (2,9%).

As passagens aéreas surpreenderam no ranking deste ano. O serviço ganhou força na Black Friday, disputando com o varejo a lista de desejos dos consumidores brasileiros. 

Outros anos

Em 2018, o Reclame AQUI monitorou a Black Friday das 11h da quarta-feira, dia 21, até as 23h59 da sexta, 23, mais tempo do que anos anteriores. No entanto, se comparado com os mesmo períodos das outras edições (das 18h de quinta-feira até 23h59 de sexta-feira), este ano houve um aumento de cerca de 20%, com 4.208 reclamações, contra 3,5 mil em 2017 e 2,9 mil em 2016.

Leia tudo sobre

Black Friday

Faça um comentário