10 dicas para cuidar das finanças pessoais em tempos de pandemia

Para quem está de quarentena ou em home office, essa pode ser uma oportunidade para rever seu orçamento e tentar melhorar sua saúde financeira

Reclame AQUI

A pandemia de Covid-19 tem exigido de todos, algumas mudanças de hábitos e atitudes. E incluir o cuidado com as finanças pessoais certamente está sendo um grande desafio para muita gente. Esta semana, o Reclame AQUI organizou uma webinar interno com seus colaboradores. 

O especialista em gestão de empresas, Ricardo Miragaia, trouxe dicas importantes e tirou uma série de dúvidas dos profissionais do Reclame AQUI. “Uma orientação básica é anotar todos os gastos em planilhas, por exemplo, ou como você se encontrar melhor. Quem tem paciência para isso? Mas esse é o grande segredo, ter domínio das suas despesas. Assim, você entende onde pode gastar e onde deve economizar”, explica Miragaia.

O RA Notícias compilou as principais, que podem ajudar você dentro da sua realidade financeira. E podem ser levadas para situações como esta de pandemia como para quando toda essa situação passar.  Veja os 10 passos para organizar o orçamento.

Faça um exercício: anote todos os gastos, por um mês, para ter um cenário completo. Reúna holerites, comprovantes de pagamento, extratos de bancos, faturas de cartões de crédito, boletos, cobranças e carnês dos últimos três meses. Liste os ganhos, as despesas fixas e essenciais do mês e os gastos variáveis, de estilo de vida e supérfluos. 

No final, some o quanto dinheiro está entrando mensalmente, o quanto você está gastando com o que é essencial, com o que é variável e até mesmo dispensável. Você terá um panorama de gastos x entradas.

• Ganhos:  salário, vale-alimentação, vale-transporte, renda extra, outras rendas. 

• Gastos essenciais:  aluguel, condomínio, escola dos filhos, financiamento da casa, água energia elétrica, gás, gastos em farmácia, supermercado (alimentação e limpeza)

• Gastos supérfluos: plano de celular, telefone e internet, academia de ginástica, TV por assinatura, streamings (música, filmes, games), alimentação (lazer e delivery), combustível, lazer, transporte público, apps de transporte, compras em geral (vestuário, etc)

 

Liste as dívidas que consomem parte do seu orçamento ou que estão paradas: empréstimos, parcelamentos, negociações, boletos atrasados, mensalidades, faturas do cartão, cheque especial, etc.  

Essa lista pode assustar de início, mas ela pode ser o choque que era necessário para planejar os próximos passos. É preciso entender as dívidas, por que você as contraiu, qual tipo de cada uma, como podem ser negociadas, a quais juros elas correm... nesse passo você consegue saber qual é importante ser paga e negociar, e qual pode ser adiada.

 

Essa pergunta pode ser respondida depois de você fazer o passo 1, é agora que se comparam os ganhos, as despesas essenciais, os gastos variáveis e as dívidas. Aqui você pode levar outro susto, mas é uma boa hora para repensar as proporções entre esses gastos. E se for o caso, chamar a família para uma boa conversa. Enquadre seu orçamento com sua capacidade financeira.

 

As dívidas urgentes são aquelas que vão desestabilizar sua vida. Se tem atrasos com aluguel ou financiamento da casa, por exemplo, procure a imobiliária ou o banco para mostrar sua disposição em resolver. O mesmo vale para qualquer outra conta essencial a fim de evitar cortes.

Mas antes de iniciar as conversas de negociação, estude bem a sua situação financeira e prepare propostas que estejam dentro do seu orçamento para cumprir os novos compromissos. Em caso de bancos, cheque especial, rotativo do cartão e crédito para negativados, considere trocar esse tipo de dívida por opções com juros mais baixos, como crédito pessoal ou empréstimo consignado.

Renegocie financiamentos e parcelamentos se precisar, o momento é de juros mais baixos na economia. E se for o caso, procure a portabilidade da sua dívida.

Com todas as contas listadas, reavalie o que está realmente usando e que faz a diferença, é essencial agora, no seu dia a dia. Elenque as necessidades para viver. Com a quarentena, muita coisa mudou nos hábitos de consumo. É uma boa hora para cortar o que não usa, menos acessa, rever os planos que podem ter tarifas reduzidas e adaptáveis ao orçamento.


Este pode ser o passo mais difícil: controlar a sua impulsividade. Não é para deixar de fazer coisas que você gosta, mas encaixar no seu orçamento. Lembre-se: você quer ter dinheiro na conta no final do mês. Se for ao supermercado, faça uma lista de comprar do que é mesmo preciso para não cair emtentação e gastar mais do que o necessário.

Caso realmente precise ou queira comprar alguma coisa, analise se esse produto cabe no seu orçamento ou então se programe, guarde dinheiro até ter o valor suficiente. Compare preços, procure cupons online de desconto e serviços de cashback.

Monitore seus gastos nos cartões. Com todos as despesas listadas, você aos poucos adquire mais consciência sobre os pequenos gastos do dia a dia e o peso deles no seu orçamento geral.


Em caso de você estar endividado ou o seu estilo/padrão de vida não caber mais no seu orçamento, leve consideração procurar um imóvel com aluguel mais barato, ou vender o carro, mudar os filhos de escola, desfazer-se de eletrônicos e outrso objetos que possam render algum dinheiro na venda. Esteja aberto para procurar oportunidades de renda extra.
 

Com uma lista de ganhos e gastos atualizada, consumo mais consciente e corte de excessos, já é possível organizar as finanças com um novo olhar e reorganizar a distribuição de gastos. Miragaia trouxe no webinar uma fórmula criada por especialistas em finanças pessoais que pode ajudar a guiar os gastos. Mas você pode adaptar, por exemplo, se estiver pagando dívidas, até se estabilizar novamente.

- 50% para gastos essenciais, como moradia (aluguel, financiamento da casa, condomínio, água, luz, manutenção), educação, saúde, alimentação nos dias úteis e transporte

- 30% para os gastos variáveis, supérfluos e do estilo de vida, como cuidados pessoais, celular, combustível do carro, academia, internet, TV por assinatura, lazer, diversão, alimentação no final de semana e compras

- 20% para pagar dívidas e investir para metas de médio e longo prazos e para o futuro



Para todos os desejos, estabeleça se são metas de curto, médio e longo prazos. Assim, todo o consumo será controlado e administrado em nome de objetivos maiores, seja da família ou individual. Com esse pensamento e atitude, já é possível conseguir poupar dinheiro e investir em cada meta traçada. Exemplo, gastar menos com supérfluos para fazer uma viagem, ou comprar um novo imóvel...


Com as dívidas pagas e encaixadas no orçamento, é hora de começar sua reserva de emergência. Independentemente do valor, o ideal é começar a economizar e guardar um pouco de dinheiro em poupança (baixa rentabilidade) ou outros fundos com maior liquidez, que permitem o resgate do dinheiro a qualquer momento.

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