Veja como a Copa do Mundo influencia na economia brasileira
Quanto mais partidas o Brasil ganhar, maiores os efeitos na economia
- Autor: Redação

Você tem alguma noção de quanto a economia do Brasil é impactada somente pela Seleção Brasileira entrar em campo na Copa do Mundo? As projeções de valores variam, mas os especialistas concordam que os jogos movimentarão diversos setores. E quanto mais partidas o Brasil ganhar, maiores os efeitos na economia.
Segundo levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), cerca de 60 milhões de pessoas pretendem fazer compras para o mundial de futebol, o que deve injetar R$ 20,3 bilhões no comércio e no setor de serviços.
Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera que, somente no varejo, as vendas aumentem em R$ 1,5 bilhão por conta dos jogos. Se a previsão se confirmar, representará um crescimento nominal de 7,9% em relação ao faturamento de 2014, quando o país sediou o campeonato.
Na hora do jogo em si, o comércio deve diminuir. Além disso, a liberação dos funcionários para assistirem às partidas deve provocar perdas pontuais de produtividade na indústria, alertam especialistas.
Consequências positivas da Copa para a economia
1. Comidas e bebidas
Entre os pesquisados, 91% dizem que vão consumir alimentos e bebidas na casa de amigos ou parentes e 87% vão tomar bebidas na comemoração dos jogos.
Entre as bebidas, a preferência é para a cerveja (74%), refrigerantes (72%) e água (69%). Já entre as comidas ganham destaque tira-gostos (56%), itens para churrasco (49%), pipocas (37%) e salgados (31%).
2. Remédios
Remédios? Sim, remédios. Se por um lado irá vender mais cervejas e petiscos durante a Copa, por outro, também deve crescer a demanda de remédios que ajudam a contornar os excessos.
“Antiácidos e remédios para ressaca também possuem maior intenção de compra. Já cosméticos como maquiagens, ficam entre os menos vendidos”, diz o diretor da Consultoria de Ciência do Consumidor Dunnhumby no Brasil, Fabio Viegas.
3. Roupas e artigos de decoração
Para Fabio Pina, assessor econômico da FecomercioSP, a Copa vai impulsionar a venda de itens de decoração temáticos, principalmente no comércio popular, e a venda de roupas verdes e amarelas. Fabio Bentes, da CNC, acredita que aumentará também o comércio de produtos ligados ao esporte.
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) aposta que o incremento de serviços oferecidos nos centros de compras, como gastronomia e entretenimento, servirá de isca para as vendas nas lojas durante o evento.
“Em períodos como o de Copa do Mundo, há uma amplificação nas opções já oferecidas pelos empreendimentos, por exemplo, os cinemas transmitem os jogos, os restaurantes aderem ao happy hour e as lojas oferecem benefícios, que revertem o fluxo intenso em vendas”, diz a associação em nota.
4. Bares e restaurantes
Estudo da CNC aponta que o Mundial de Futebol vai movimentar R$ 252 milhões nos bares e restaurantes do Brasil. A cifra representa uma queda nominal de 36% ante os R$ 399 milhões faturados durante a Copa de 2014. Mesmo assim, a alta do movimento de clientes nesses estabelecimentos entre junho e julho corresponderá a mais de 3% do faturamento médio mensal normal do setor, de acordo com a CNC.
5. Importações
Levantamento da empresa de transportes marítimos Maersk Line mostra que, puxadas pela Copa, as importações no país cresceram 19% em volume no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Só na região Norte do Brasil, a compra de itens de outros países saltou 59%, principalmente porque varejistas online encomendaram para o Mundial produtos eletrônicos montados em Manaus (como TVs), segundo estudo.
Leia também: Veja os horários de funcionamento dos bancos em dias de jogos do Brasil
Fonte: G1